domingo, 28 de janeiro de 2018

High Park

A uns 45 minutos de metrô aqui de casa fica o maior parque de Toronto, chamado High Park - uma espécie de Central Park Canadense - e hoje nós aproveitamos o dia de sol com temperaturas agradáveis (não riam, 2 graus positivos, tava bem gostoso, juro!) pra conhecê-lo. O inverno, certamente, não é a época do ano mais bonita pra conhecer o parque, pois as árvores estão sem folhas, mas ainda assim estava bem movimentado, cheio de famílias e o passeio foi lindo. São cerca de 161 hectares divididos em atrações pra todos os gostos: diversas trilhas, piscina pública, patinação no gelo, quadras diversas, área para deixar os cachorros brincarem sem coleira, mini zoo, parquinhos, inúmeros espaços pra piquenique,  lago, restaurante e muito verde.

Cruzamos o parque quase todo.  Passamos por parte das trilhas que levam ao lago congelado (as crianças ficaram excitadíssimas com a ideia de pisar lá - MEDA!), fomos até o Hillside Gardens, onde tem a famosa Maple Leaf  pra tirar foto (um visual incrível, mas que deve ser ainda mais lindo todo florido, no verão), visitamos o zoo cuja entrada é gratuita, tem bichinhos super bem cuidados como rena, búfalo, pavão, alce, lhama, etc (os meninos acharam engraçado o cartaz aí do lado, que explicava o que faziam com o cocô dos bichos) e terminamos nossa visita em um dos parquinhos, pras crianças gastarem um pouquinho de energia. A única parte que eu queria muito conhecer, mas terei que esperar um pouco é o Caminho das Cerejeiras - um jardim doado pelo governo japonês com mais de 100 delas - mas que floresce somente no final e abril, início de maio.

Nosso passeio terminou com uma viagem de streetcar (bondinhos que circulam por parte da cidade, onde metrô e ônibus não chegam) até um almoço bem bacana no Old Spaghetti Factory, um restaurante com um visual bacanérrimo em Downtown e que serve massas, prato preferido do moleques. A decoração é super alegre, com um bondinho, carrossel, etc. Uma diversão à parte, além da ótima comida a preço interessante. Domingo turistando e curtindo a cidade, renovando as energias pra semana que começa com as minhas aulas! Não vejo a hora!






quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Boa sorte ao triplo

Apesar de ter dirigido a minha vida toda, não sinto tanta falta de carro aqui. Moramos do ladinho do metrô, numa estação com trens e ônibus pra todos os lados e estamos tentando nos adaptar a fazer as coisas à pé, nas redondezas, sem muito stress. Até fazer compras a gente já tá se adaptando a fazer sem carro, mas é claro que vez ou outra faz falta e hoje foi uma dessas vezes.

O ônibus escolar atrasou de 30 a 40 minutos por algum motivo que não sei dizer (algum acidente no caminho, provavelmente) e o frio hoje de manhã tava brabo: -11 (o que me faz crer que São Pedro é bipolar em qq lugar do mundo, pois ontem tava +6). A gente tem como monitorar o tempo do ônibus, mas já tava lá embaixo com os meninos quando nos demos conta do atraso. Vários pais começaram a voltar pra casa, pra pegar seus carros e entregar as crianças na escola. Ficar ali no frio não tava bacana... Mas a gente, sem carro, fica meio sem saber o que fazer nessas horas. Tomás queria pegar o metrô, mas é uma caminhada de uns 15 minutos de lá até a escola e tava bem frio pra isso. Já tinha decidido esperar, quando uma vizinha simpática ofereceu de levar os meninos. Nunca tinha visto a moça na vida e expliquei que aceitaria se eu pudesse ir junto e ela topou. Katherine, coreana, mãe de duas meninas e um menino e há 12 anos no Canadá, foi a minha sorte número 1 do dia. E ela ainda me deixou depois na estação de metrô pro meu caminho de volta. Uma fofa! Ufa! 😰

Depois fui fazer a primeira parte da minha carteira de motorista. Aqui a carteira é dividida em 3 classes: G1, G2 e G full, sendo a G1 pra iniciantes e a G full a completa. E todo mundo tem que fazer todas as etapas. Os Canadenses demoram uns 2 anos entre dar entrada da G1 e chegar a G full, sendo que a G1 tem limitações de horário e local pra dirigir e você tem que estar sempre acompanhado de um motorista mais experiente. Processo meio mala pra quem já dirige há 22 anos... Felizmente existe uma "ponte" pros Brasileiros que dirigem há mais tempo e, pra isso, eu precisei levar ao Consulado do Brasil a minha carteira + lista de infrações no Detran, pra pegar uma declaração de tempo de direção traduzida. Com esse documento em mãos, fui a uma agência do governo pra dar entrada na G1. Tive que fazer um rápido exame de vista e um teste escrito meio estranho. Estudei bastante pra ele, mas num aplicativo e lá era no papel!! 😠 Jurava que tava me dando mal, mas felizmente deu certo e passei com louvor! Minha G1 chegará em casa em até duas semanas, vale como id e eu já posso parar de andar com o passaporte. O próximo passo é dar entrada direto na G e isso só é possível pq tirei esse papel no consulado. Pra essa fase, terei que fazer algumas aulinhas de auto-escola, pra me certificar que não vou cair em erros bobos, mas enfim, passo número um foi dado e essa foi a segunda sorte do dia! 

Na volta, a caminho de casa, Oliver me liga. O alarme de incêndio do prédio estava aos berros... Ele acabou descendo os 33 andares de escada, dando de cara, na portaria, com 6 (SEISSSSS!!!) caminhões de bombeiro daqueles imensos do lado de fora. Sorte do dia número 3: as crianças não estavam em casa e não passou de um susto, um alarme falso. Mas ficou a lição de que é importante explicar pras crianças como proceder nesses casos e que elas não precisam se assustar, até mesmo porque o troço faz um esporro danado!

Enfim, um dia bom! Torcendo por mais momentos de sorte como esses :-)

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Barganhas


Adoro umas comprinhas! Mais ainda quando são baratinhas, baratinhas!

Então descobri que existe uma rua aqui em Toronto, chamada Orfus Road. Feia, estranha, mas barata que só ela. Fica a uns 40 minutos aqui de casa, pegando um ônibus e o metrô.

A Orfus Road é uma rua que concentra lojas de ponta de estoque. Mas aquelas pontas de estoque fim de feira mesmo, sabe? Nada pode trocar, mas procurando bem dá pra achar coisinhas ótimas por um preço incrível. Fomos no horário escolar das crianças e não deu pra rodar tanto, pois a gente tinha que voltar antes deles chegarem, mas já deu pra ter um gostinho de quero mais.

Eu tava atrás de botas legais e baratas, pois convenhamos, usar o mesmo sapato de neve todo dia uma hora enche o saco! E sapato é caro, né? Mas não na Orfus Road. As 3 botas que comprei hoje e que estão aí na foto acima com as leg warmers (meinhas pra aquecer a perna e ficar pelo lado da bota, dando um certo estilo) saíram a bagatela e 50,89 CAD. SIMMMMMM, 3 botas e 5 meias por cinquenta doletas!  Estou in love e doida pra usá-las. Elas só não são botas de neve, então não rola usar em dias de nevasca, mas quem liga? :-) 😍😍😍

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

As crianças vão bem, obrigada.

Quando iniciamos nosso Plano Canadá, muita gente se mostrou preocupada e/ou curiosa em como seria a adaptação das crianças, como lidariam com o frio, com a nova escola, língua, amigos, etc. Posso afirmar que essa nunca foi a minha maior preocupação. Sempre achei que, apesar de não ser uma mudança fácil, eles tirariam de letra e não nos dariam trabalho. Felizmente minhas expectativas estavam certas, pelo menos nessas seis primeiras semanas. Os meninos estão tranquilos e incorporados às tarefas do dia à dia.


Tomás já tem colegas de classe e conta que muitos gostam das mesmas coisas que ele, como animes, mangás e futebol. Já fez provas e hoje ele levou pra escola o seu primeiro projeto: uma maquete do sistema solar feita 90% por ele (eu ajudei na parte da cola quente). A cena foi típica de filme: ele entrando no ônibus amarelo, carregando sua maquete pra entregar na escola. Já encontrou um amigo Brasileiro na escola, que por coincidência mora aqui pertinho e a mãe vai estudar no mesmo college que eu! Mundo ovo! Ele também vinha nos pedindo pra fazer futebol, esporte que praticava sempre com os amigos na quadra do prédio e no fim de semana passado achamos uma aula bem bacana, e já matriculamos. Agora todos os sábados ele treina no North York Cosmos Soccer Club e tem até uniforme. Tá feliz da vida! 

Joca também não tem dado trabalho. Parou de reclamar do frio, mas sempre pergunta quantos graus tá fazendo naquele dia, antes de sair de casa. Recebemos fotos dele todos os dias na escola. Tá sempre sorridente e  prestando atenção. Fica feliz em poder brincar no pátio de neve todo dia e descobriu que tem um amigo da turma que mora aqui no prédio. Agora é minha missão descobrir mais sobre isso.... Vira e mexe pego ele cantarolando músicas em inglês, que aprende na escola. É bem curioso com palavras e faz muitas perguntas. Outro dia minha mãe perguntou à ele como fazia pra ir ao banheiro na escola e ele disse que às vezes lembrava como falava e que quando esquecia, chamava a professora e apertava o pinto pela calça. Ele se faz entender e nós choramos de rir! Fim de semana, numa situação onde estava com outras crianças num parquinho, tentava se comunicar em inglês do jeito dele.

Eles tem se divertido mais juntos, conversado mais e vejo uma união que não via tanto no Brasil. Claro que tem a falta de opção, mas o que importa é que tô curtindo essa fase  fraterna e de companheirismo. Sexta passada não teve aula, foi conselho de classe e aproveitamos pra visitar o Legoland aqui de Toronto. Apesar de ser completamente diferente do parque da Florida, eles adoraram e brincaram bastante juntos, afinal aqui em casa somos doidinhos por Lego. 

A maior dificuldade tem sido a questão da comida. Não pelo sabor, mas por precisarem almoçar na escola. Meus meninos sempre foram meio chatos pra comer e não ter ninguém pra dar um pressão na hora do almoço faz com que as marmitas voltem mais cheias do que vazias. Mas tudo bem, isso faz parte e eu sigo tentando melhorar meus poucos dotes culinários  e reforçando a qualidade na hora do jantar. Nada que o tempo não ajude a resolver. :-)












quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Centros Comunitários

Como falei  no post anterior, Toronto é uma cidade cheia de atividades e é muito fácil achar onde se encaixar nelas. Existem dezenas de Centros Comunitários espalhados pelos bairros, cada um com atividades específicas e voltadas pra diferentes grupos e faixas etárias. Neles, é possível pegar essa revistinha aí do lado, que lista tudo o que se pode fazer, durante o inverno , aqui no distrito de Noth York, onde moramos. Só fica em casa quem quer.

Aqui pertinho, por exemplo, tem o DOUGLAS SWIM AQUATIC CENTRE. Trata-se de um lugar com um rink gratuito de patinação no gelo do lado de fora (um lago que congela, na verdade) e piscinas aquecidas e indoor com diversas aulas como natação infantil ou aquafitness, a um preço bem interessante, cerca de 80 dólares por 12 semanas de atividades. Você ainda pode  dar umas braçadas sem instrutor ao custo de 4 CAD por vez ou usar as piscinas de forma recreativa com a família, sem custo, em determinados dias e horários da semana.

Se não der pra pegar a revistinha pra ver as atividades e  horários, pode ir online nesse link 👉👉👉https://www.toronto.ca/services-payments/venues-facilities-bookings/booking-park-recreation-facilities/. Lá tem absolutamente todas as atividades da cidade, parques, lugares para fazer aula de tudo (esportes coletivos, patinação, sky, etc). Tudo dividido por área, idade, super bem organizado e informado. É aqui também que é possível saber como reservar uma área de um parque pra fazer um piquenique ou um churrasco com a família, ou ainda participar das duas pistas de sky que existem no meio de Toronto. O mais bacana é o atendimento, que é bem atencioso. Eu estou de olho em aulas de patinação pra mim, natação pro Joca e futebol pro Tomás e acho que em breve seremos usuários assíduos dos centros comunitários.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Caramba, um mês!

O tempo passou voando e hoje, quando me dei conta, percebi que ontem fez um mês que chegamos aqui. São tantas novidades a cada dia, que a data certa passou batida e acabei não fazendo um post comemorativo, mas acho que ainda vale com um pouquinho de atraso, né?Posso dizer que esse primeiro mês foi muito feliz. Aprendemos todos os dias, passamos por vários desafios mas já me sinto em casa. É difícil explicar essa sensação. Apesar da saudade dos meus pais, familiares, amigos, não me sinto como uma estrangeira. Acho que o fato de estarmos numa cidade multicultural e cheia de gente de fora, ajuda muito nessa adaptação. Também ajuda o fato dos meninos terem se adaptado com tranquilidade e do nosso planejamento estar andando dentro do esperado. Mas claro que nem tudo são flores e existem muitas coisas diferentes do que estávamos acostumados. Algumas pra melhor, outras (felizmente poucas) pra pior. Vou tentar enumerar as que mais me marcaram nesses primeiros 30 dias (e sei que vou esquecer de um monte!). Não reparem a ordem, vai na forma que me vem à cabeça:

- Ir ao mercado ainda é uma aventura. Já aprendemos quais os mais baratos e os mais caros, onde ficam os principais produtos, conhecemos algumas marcas, mas ainda nos surpreendemos com algumas coisas. Por exemplo, Joca ama ovo de codorna e ontem achei uma latinha com vários. Comprei, mas ainda não tive coragem de abrir pra ver se presta. Tem muita coisa que fico curiosa pra experimentar, mas muitas embalagens são grandes e fico com receio de comprar e não gostar. Aos poucos tenho que ajustar isso.

- Cozinhar também está se tornando uma tarefa um tiquinho menos complicada a cada dia. Eu não sou fã e tb não sou muito boa na cozinha, mas aqui não tem jeito, então tenho que colocar a mão na massa. Uma coisa que tem me ajudado à beça é uma panela de pressão elétrica chamada INSTANT POT, que faz tudo muito rapidinho e sem sujeira. Arroz, feijão, frango, carne, até torta dá pra fazer nela. Uma mão na roda, que eu ainda não tinha visto no Brasil.

- Limpar a casa não tem sido problema. Aqui é tudo feito pra facilitar a vida, vende lencinho pra tudo! A máquina de lavar louças também é imensa e cabe todas as panelas (inclusive a parte interna da instant pot!!!). Vai tudo da mesa pra ela e depois pro armário. Um espetáculo!

- A pele da gente fica super ressecada no inverno e pra resolver, só mesmo muito hidratante. Muito mesmo! Mesma coisa nos lábios, que precisam de uma hidratação pra não rachar.

- O meu prédio tem porteiro, mas ele não abre a porta pra ninguém. Quem é morador tem uma tag que autoriza a entrada. Quem é visitante, digita o apartamento da pessoa, que por um código no teclado do próprio telefone, abre a porta lá embaixo. 

- Já contei aqui que as crianças vão e voltam de ônibus escolar. O curioso é observar que quando ele para no ponto (aqui são pontos determinados e não na casa de cada um), todos carros que estão atrás dele ou na direção oposta (rua de mão dupla) param e só voltam a andar quando o ônibus está cheio e dá partida. E todo mundo espera sem reclamar. Aliás, não se ouve quase gente buzinando por aqui...

- Nos mercados e lojas grandes é muito comum você encontrar caixas  com operador e filas de auto-atendimento. É super simples de usar, você mesmo escaneia os códigos, coloca nas bolsas, paga com o cartão e vai embora. Normalmente tem um funcionário próximo pra auxiliar em casos de dúvidas, mas é a gente que faz tudinho!

- Falando em mercado, mais uma vez, é muito comum as pessoas levarem as próprias sacolas de compras, ao invés de usar as de plástico. Quando você chega no caixa, o funcionário costuma perguntar se você vai precisar de sacola e normalmente elas são cobradas (cerca de 0,05 ou 0,10 CAD) por unidade, então a gente aqui já providenciou duas pra andar na bolsa, economizando e dando uma ajuda pro meio ambiente. Ah, e como também não temos carro, compramos um carrinho tipo de feira que vamos puxando pela rua, pra não ter que carregar peso na volta.

- Nunca vi lugar com mais restaurantes orientais do que aqui. Acho que só no quarteirão que moro, deve ter mais de 10, de pequenos a grandes. Chinês, japonês, koreano, thailandês, etc. A variedade é imensa! Hoje, por exemplo, fomos a um "all you can eat" japonês, algo como um rodízio. Custava 18,99 e a gente podia comer o que quisesse. O bacana é que eles deixam um tablet à mesa, onde a
gente fazia o próprio pedido aos poucos. No cardápio tinha de tudo um pouco e aproveitamos pra conhecer umas coisas que não tinha nos japas do Brasil. Achamos bem gostoso!


- Internet móvel é outra coisa curiosa. A gente tinha, no Brasil, um plano familiar de 15GB. Nos assustamos quando vimos que aqui os planos mais usados são de 1, 2, 3 GB... É que praticamente todo lugar tem wifi (e que funciona), então a gente só usa o 4G (LTE, na verdade), quando tá na rua. Bom, né?

- A cidade tem uma quantidade maior de moradores de rua do que eu imaginava. Não que seja uma cena assustadora, comparado com o que víamos no Rio, mas ainda assim é mais do que o pouco que eu imaginei. Mas pelo que me explicaram, existem diversos abrigos pra eles, então não sei dizer bem o pq disso. Ainda assim, não me sinto insegura em lugar algum. As pessoas usam todos os tipos de objetos eletrônicos nas ruas, sem problemas.

-  Dentro de casa fico de short. Mas às vezes esfria e ponho uma calça. :-)

- Não existe bidê e nem duchinha higiênica. Eu gostava de duchinha higiênica... 😩

- A grande maioria das pessoas realmente só atravessa nos sinais e mesmo quando está bem frio elas esperam abrir.

- Existe o costume de não entrar em casa de sapatos, pois como as ruas ficam cheias de neve, eles acabam molhando tudo. Então a gente entra e deixa num móvel logo perto da porta, e anda descalço, de meia ou chinelo em casa.

- Essa eu já conhecia, mas ainda tomo muitos sustos: a gente leva vários choques no dia a dia. É que a gente produz energia eletrostática  quanto faz atrito com roupas de lã, fleece, etc. Daí basta encostar em objetos de metal ou mesmo em outra pessoa pra dar um choquinho. Na maioria das vezes é uma bobagem, chega a ser engraçado, mas outras dói um pouquinho...

- Aqui, no inverno, o dia clareia umas 7:30 e escurece antes das 17. No verão, dizem que o sol vai até às 21:00. O fato é que eu tenho a sensação de termos dias que duram mais horas aqui. Não sei dizer bem o porquê. Pode ser pela diferença do fuso, pois quando falo com alguém no Brasil já são tipo 21 e aqui ainda são 18, ou pq acordo cedo pra colocar os meninos pra escola, ou ainda pq com a noite chegando mais cedo a gente fique com a impressão de que já deveria ir pra cama e ainda não foi. Mas o que posso garantir é que meu dia rende bem mais do que antes.

- A gente sabe exatamente quando paga de imposto nos produtos, pois os preço que vemos pra tudo é sem o imposto de 13%, que só é adicionado à nota na hora de pagar. Ou seja, sabemos o quanto custa o produto e quanto o governo leva.

- Os moradores de Toronto costumam achar que a cidade tem um trânsito pesado na hora do rush, mas acredite, essa é uma opinião de quem nunca foi ao Rio ou a SP.

- Já comentei isso antes e vou comentar sempre, pq é uma constante todos os dias. Você escuta diversas línguas diferentes, todos os dias aqui. É um país com muitos estrangeiros, definitivamente!

- Também me espanto com a quantidade imensa de parques públicos e centros de atividades comunitárias. É realmente algo incrível, mas que vou deixar pra explicar mais como funciona no próximo post. Prometo :-)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O inesquecível primeiro dia de aula deles

Fui bombardeada hoje com vários amigos querendo saber como tinha sido o primeiro dia de aula das crianças. Posso adiantar que foi ótimo, eles se saíram super bem, melhor do que imaginei. 

Vou contar tudinho abaixo... 👇👇👇

Pela distância da escola à nossa casa (uns 2,5 kms), eles tem direito a ir e voltar de ônibus escolar. Mas hoje, por ser primeiro dia, resolvemos levá-los, deixando somente o retorno por conta do transporte. As crinaças precisam estar na escola às 8:10 da manhã. Chegamos uns 10 minutinhos adiantados (fomos cuidadosos com  o horário de acordar, já que conhecemos bem os bichinhos preguiça que temos e sabemos que não curtem acordar cedo). Na secretaria  da escola eles receberam agenda e tags pra por na mochila, indicando o número do ônibus que fazem parte. Os dois estavam ansiosos, mas calados, observando tudo. Um aluno da turma do Tomás chegou e recebeu a tarefa de levá-lo até a sua turma, apresentando-o ao professor. E lá foi meu menino grande pra sua sala do 6th grade, conhecer seus novos amigos e professores.

Como o Joca é menor, nos pediram pra levá-lo até o pátio atrás da escola, onde os pequenos se reúnem por uns 15 minutinhos pra brincar antes de entrar em sala. Detalhe, o pátio é aberto e hoje estava nevando muito, com temperatura por volta de uns 2 graus positivos. E as crianças estavam lá, tranquilas, vestidas apropriadamente e brincando na neve como se não houvesse amanhã. Impossível não lembrar na hora das mães no Brasil, que adoram encasacar e trancar em casa por qualquer ventinho... Bem,  Joca estranhou um pouco a quantidade de neve no pátio, mas o olhinho brilhou quando percebeu que ali teria muitos amigos pra brincar! São 5 turmas de kindergarden, umas 60, 70 crianças, imagino. Nos apresentamos à professora e ficamos lá observando até a hora deles serem chamados pra entrar em sala. E lá foi meu menininho, cheio de coragem, sem pestanejar, chorar ou reclamar. Saí de lá muito orgulhosa dos dois e sem nadinha de coração apertado, confiante mesmo! 



A aula termina às 14:30 e o ônibus deles tem previsão pra passar no ponto aqui na esquina de casa às 14:48. Temos como rastrear atrasos, tanto na ida, quanto na volta, através de um site que compila todos os ônibus escolares de Toronto. Quando neva, os atrasos são comuns, então essa é uma ferramenta bem útil. Mas como não tinha nenhum informe e pra não ter erro, às 14:35 tava eu e Oliver no ponto e o ônibus chegou um minutinhos depois da hora prevista, cheio de crianças felizes e, entre elas, meus filhos. Tudo tinha dado certo! As questões com a língua não foram obstáculos! Não conhecer ninguém não foi probl Foi difícil até escutar tanta novidade, pois um queria falar mais do que o outro....

👉 Na sala do Tomás tem 4 estrangeiros que entraram esse ano, ele não soube precisar de onde, mas chutou, pelos nomes,  países árabes. 👉 Eles tem um break, um almoço e outro break;. Ele disse que nos dois primeiros ficou sozinho, mas no terceiro já tava brincando com novos amigos. 👉 Ele tem apenas um professor na turma e uma outra que ajuda nas aulas de inglês como segunda língua. 👉 Ele tem aula de francês e disse que achou fácil. 👉 Acompanhou algumas coisas, fez alguns exercícios, tudo sem pressão e no tempo dele. 👉 Amanhã ele já tem um passeio (já tava marcado, só soube hoje), de ônibus, com o professor e toda a turma!

👉 Na sala do Joaquim, além dele, um menino da Rússia começou  hoje também. 👉 Ele tem uma professora que fica de manhã e outra à tarde. 👉 Ele tava muito empolgado com o pátio ter sido na neve e voltou cnotando que quando entram em sala, tiram toda a roupa de ficar lá fora e quando saem, vestem tudo novamente. 👉 As professoras usam um app onde a gente pode entrar em contato com elas (por e-mail tb) e ver fotos do que eles fazem na escola. Essa foto aí do lado foi ela quem tirou. 👉 Chegou do ônibus contando que teve um pequeno  probleminha: como come devagar, acabou não dando tempo de comer direito no almoço (são 45 minutos!!! ele come muito devagar!!!), mas tenho certeza de que com o passar dos dias ele vai se ajustando.

O horário dos dois se divide mais ou menos assim:

👉 8:10 - entrada / início da aula
👉 9:30 - break / lanche / retorno à aula
👉 11:00 - almoço
👉 11:45 - mais aula pós almoço
👉 13:00 - break / lanche / retorno à aula
👉 14:15 - termina a aula
👉 14:30 - entram no ônibus

Ambos levam uma lancheira térmica com almoço e dois lanches + água. No Braisl a gente tinha o costume de almoçar bem antes da escola  e fazer uma refeição mais leve ou um lanche na janta. Aqui será o contrário: um jantar fresquinho e mais completo e um almoço com as sobras do dia anterior, um lanche mais reforçado. 

É isso. Espero ter matado a curiosidade de vocês. Termino com o yellow bus, igual aos dos filmes, chegando com meus amores. Tô muito feliz e orgulhosa dos meus meninos! :-)










sábado, 6 de janeiro de 2018

Ano novo, casa nova

Feliz ano novo, minha gente!

Tivemos mais uma bateria de dias beeeeeem atarefados por aqui e hoje, finalmente, consegui voltar a escrever.

Pegamos a chave do nosso apartamento no dia 31/12, de manhã, e  então ficamos uma semana por conta de comprar, trazer, montar e organizar tudo por aqui. Alugamos um carro bem grandão pra caber tudo no menor número possível de viagens e aproveitamos essa semana com ele pra fazer tudo o que a gente queria e precisava fazer, mas que de metrô era mais complicado. No dia da virada, ficamos até de noite na função de comprar coisas pra mudar no dia 02. Acabamos o dia tão cansados, que preferimos brindar 2018 à meia noite do Brasil e capotamos um pouco antes da meia noite aqui de Toronto. Mortos, mas felizes. :-)
Dia 02, primeiro dia útil do ano, deixamos nosso apartamento do airbnb e fizemos nossa mudança propriamente dita (mas aproveitamos a calma do dia 01/01 pra fazer várias viagens e ir trazendo as coisas pra cá). E hoje, seis dias depois de pegarmos as chaves, posso dizer que a casa está ficando com a nossa cara. Deu um trabalhão danado, mas mais uma vez nosso trabalho em família-equipe funcionou e posso dizer que se nada mais der certo no Canadá, podemos arrumar um emprego de montadores da Ikea... 

Eu explico! Ikea é a mais famosa loja de móveis daqui, um mix de Tokstok e Etna, bem bacana mesmo. Só que ao contrário das lojas brasileiras, é bem, bem caro pagar pra entregar em casa e montar, então o que quase todo mundo faz, ir na loja, comprar o móvel (que vem bem super embaladinho e compactado), colocar no carro, trazer pra casa e montar. Vem tudo super bem explicadinho nos manuais. Alguns móveis são bem trabalhosos, mas no fundo dá pra fazer tudo com boa vontade, paciência e alguém pra ajudar (muita coisa tem que ser montada em dupla). Nós montamos tudinho - estantes, beliches, mesa de jantar, armário, escrivaninhas, etc em 3 dias. As mãos estão em frangalhos, mas deu um orgulho danado e até os meninos ajudaram nas tarefas (e curtiram demais ter uma beliche pra dormir). O mais legal da Ikea é ver como as coisas funcionam: você anda pelo segundo andar da loja, vê tudo o que gosta e anota as referências. Depois, segue pro andar de baixo, onde existe toda a parte de miudezas, decoração,  utilidades, etc além de um estoque gigantesco, onde você entra com o código do que quer comprar nos computadores e ele te informa o corredor e prateleira onde você pode buscar. É colocar no carrinho e pagar. Simples assim. Sem vendedores, tudo no estilo faça você mesmo! O que mais me impressionou foi a organização e a compra dos colchões, que vem enroladinhos e super compactos. Fiz até um vídeo mostrado... 👇👇👇


 
Hoje, enfim, terminamos de abrir as malas e guardar roupas, sapatos, etc e agora falta só tirar as caixas da sala (tarefa pra amanhã), pra enfim a casa não ter mais resquícios de viagem. Engatamos agora na fase de morador mesmo, deixando pra trás essas primeiras quatro semanas corridas e agitadas. A geladeira e a dispensa já estão estocadas e o próximo passo é começar a decorar. Sinto falta de fotos, vasos, quadros, mas vamos aos poucos. Segunda-feira os meninos começam a escola. Quase um mês sem contato com outras crianças, já tava na hora! Estão ansiosos e um pouco apreensivos. Eu também. Mas sei que dará tudo certo e isso eu conto mais pra frente, num outro post. Será uma semana de muitas novidades!







Encontros e Despedidas

Julho e Agosto foram meses especias e muito corridos! Tive minhas primeiras visitas em casa. E que visitas! Primeiro, meu pai, que ficou...