Julho e Agosto foram meses especias e muito corridos! Tive minhas primeiras visitas em casa. E que visitas! Primeiro, meu pai, que ficou 3 semanas por aqui. Depois, minha mãe, que passou 24 dias e foi embora ontem.
Depois de 6 meses longe da família, foi uma delícia ficar assim num grude intensivo, mesmo quando isso implicava em ter a rotina transformada numa agência de turismo :-)
Nem meu pai e nem minha mãe conheciam o Canadá e, por isso, tentei ao máximo passear com eles pra mostrar mais da cidade que escolhi pra viver. Mas, no meio de tudo , eu estava em aula, no segundo semestre do college - eis a correria ao que me refiro. Nem sempre foi fácil ajustar os horários de aula, com os trabalhos por fazer e entregar, e os passeios pela cidade, mas juro que dei meu melhor. O bom é que sei que eles serão frequentadores assíduos e teremos muitas outras oportunidades e lugares pra explorar.
Fomos a lugares que nem eu conhecia ainda como Niagara Falls, Ottawa, Montreal, Plantação de Lavanda, Scarborough Bluffs, etc e repetimos outras tantos pontos turísticos como CN Tower, Aquário, CasaLoma, ROM, Distilery District, Toronto Island, etc. Vou tentar, nas próximas semanas, contar um pouquinho sobre esses lugares aqui no blog.
Ter meus pais aqui, nessa época do ano, foi fundamental. Além de estar cheia de saudades, como disse, eu estava em aula, mas os meninos estavam de férias. Já viu o problema, né? Acabou que o timing escolhido por eles pra nos visitar foi perfeito, pois ajudou demais a cuidar das crianças e eu pude ir pra minha aula bem mais tranquila. Apenas nas duas semanas entre as visitas é que precisei colocá-los num summer camp.
Posso e preciso dizer que é um privilégio enorme poder contar com a presença e a ajuda dos meus pais. A gente aqui, de longe, aprende a se virar e a dar jeito de resolver de tudo, pois tudo depende da gente mesmo, né? Mas saber que, mesmo temporariamente, você conta com uma mão extra e cheia de amor pras loucuras do dia a dia em outro país, não tem preço. E tem coisa que somente amor de pai e mãe é capaz, né?
O lado ruim é que as visitas tem dia e hora pra acabar e, mesmo com toda a organização, a vida da gente fica meio de cabeça pra baixo quando tem alguém em casa. O lado bom é pensar que eles vão sempre voltar. O intensivão sem pausa às vezes traz à tona estresses que a gente não sente quando não se está junto, mas também traz sentimentos e experiências que nunca tínhamos vivido, como ver meus filhos cantando Beatles junto com meu pai, no carro, indo pra Montreal. Ou meu mais velho o ensinando a andar de metrô pela cidade. Teve também um jogo de Uno cheio de roubalheiras e risadas na sala de casa, com minha mãe. Ou ainda um papo sobre a infância dela, no carro, voltando de Niagara. Momentos que não esqueceremos jamais!
Situações simples, mas que a gente acabava passando batido na rotina do Rio e que aqui, tiveram um gostinho mais do que especial. No fim das contas, tudo começa e acaba com a chegada de um avião e os corredores do aeroporto. O mesmo lugar da frio na barriga e causa emoções distintas, mas eu me prometi não ficar pensando na despedida. A ideia é sempre planejar os próximos encontros! Então, esse post foi só pra dizer até breve e falar pra minha mãe e pro meu pai o que eles já sabem, mas que não custa repetir: eu e os meninos amamos vocês. Muito obrigada por serem tão únicos e tão presentes!